É verdade que nem todos os miúdos que veem nas fotos eram grandes jogadores.
Pois não!
Alguns nem chegaram a ser inscritos, não fizeram um único jogo oficial.
Outros jogaram uma época, outros duas ou três, outros foram dispensados e procuraram clubes mais fracos, outros desistiram do futebol, outros ainda não sabem se na época que vem voltam a tentar a sorte... enfim, há de tudo!
Mas a experiência do futebol não é, não foi, nem nunca a vi assim, uma mera procura da vitória, do resultado.
Alguns destes miúdos não eram grandes craques, mas eram miudos bem educados, outros com um grande espírito de grupo, outros brincalhões, outros faziam excelente balneário.
No fundo, bons miúdos!
E isso também faz parte da vivência que queremos que os nossos filhos tenham para evoluírem também como cidadãos.
Fizeram novos amigos! E isso é muito importante!
Amigos que ficam para a vida!
Lembram-se do Ruben, do Beto, que esteve duas épocas sem jogar porque não tinha BI, e que toda a equipa o idolatrava, devido ao seu grande talento (que é feito de ti Beto...???)
O Ruben, que vivia num lar da misericórdia, em Almada, voltou para o seu pai, na Suíça, e hoje é mais feliz.
Todas estas vivências enriqueceram os nossos filhos!
Não são só os resultados, a ganância das vitórias, a obsessão pelos clubes grandes, a paranóia (que não compreendo) de jogar no Nacional... (está mais que provado que muitas equipas dos distritais são muito melhores que outras que jogam no Nacional - vê-se nos torneios...)
Bem sei que muitos pais jamais colocariam o seu filho no Almada (estamos a falar do momento de 2008, quando o clube renascia das cinzas... e não havia garantias de sucesso) quando sabiam que o seu filho tinha lugar em equipas mais fortes.
Eu sei disso!
Alguns pais andaram aos saltos com os filhos desde pequeninos, de clube em clube... sabe-se lá à procura do quê...
Perguntam-me, porque razão o meu filho continua no Almada todos estes anos depois? Ainda para mais sabendo que já foi convidado para uma dezena de clubes, alguns deles com possibilidade de jogar num campeonato nacional?
Pois.
Hoje a questão já se coloca de forma diferente.
Hoje eu já não mando nada!
Hoje eu pergunto ao meu filho: «Se sairem muitos miudos da tua equipa, também sais do Almada?»
Resposta pronta: «Se se mantiverem os que temos de 1998, e mais uns tantos de 1997, continuo a achar que vamos ter uma grande equipa. Não, não saio!»
Mas quando eu ainda achava que deveria ser eu a decidir, qual era o factor mais importante para mim?
Sem qualquer dúvida: A qualidade dos treinadores.
E, a esse respeito, não tenho quaisquer razões de queixa.
Pelo contrário. Vejam bem este leque:
Fernando Matos (infantis A - 1996)
Pedro Alves (infantis A)
Daniel Lopes (Iniciados B)
Miguel Barata (Iniciados A - 1996)
Ricardo Baltazar (Iniciados B e Iniciados A)
Pedro Felizardo (Iniciados A)
Emanuel Mesquita (Juvenis B)
Nuno Vieira (Juvenis A - 1996)
Jusoé (Juvenis A - 1996)
César (Juvenis B)
Gabriel (Juvenis B)
Acham que há razões para queixas quanto a treinadores?
Pois, eu não acho!
Estão aqui alguns dos maiores talentos na formação de jovens, e eu tenho muito orgulho nisso:
Para a próxima época:
Miguel Barata, César e Gabriel!
Não podia ser melhor. Cada um com as suas qualidades, excelente equipa técnica!
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