Encontrei este artigo neste blog:
http://falarfutebolporruicunha.blogspot.pt/2013/06/com-destinatarios-identificadose-alguns.html?spref=fb
Que achei muito interessante!
Podia ter sido eu a escrevê-lo!
Aliás, já escrevi dezenas de textos muito semelhantes.
Mas gostei especialmente deste:
Espero que o senhor Rui Cunha não se chateie por replicar aqui o seu texto. Aqui vai:
Segunda-feira, 24 de Junho de 2013
Com destinatarios identificados...e alguns por identificar!
..."se ele teria sucesso desportivo ou se algum dia ganharia alguma coisa nunca foi prioridade no meu pensamento! Obviamente que não vou dizer que não gosto de ver a equipa dela ganhar, que me é indiferente se ganham ou perdem, claro que não! Mas isso são alegrias/tristezas de momento! O que se ganha é muito maior que os resultados! Já tenho a certeza que ele é uma pessoa melhor por ter passado (e ainda estar) por este desporto e tenho também a certeza, que um dia, daqui a uns anos, o que ela mais recordará serão as amizades, as experiências, os sentimentos, as emoções especiais e não os resultados pois esses podem sempre consultar-se numa folha de papel!" (texto escrito por um Pai algures numa bancada de um qualquer clube/academia de futebol jovem).
Que triste fico quando ouço pais a gritarem barbaridades sobre os miúdos e sobre os treinadores e as suas escolhas e opções tácticas e técnicas!
Mas afinal quem sao os pais para estarem a destruir e a “minar” o trabalho de pessoas que, muitas vezes apenas por gosto e carolice, fazem com que os seus filhos se tornem bons atletas mas, mais do que isso, boas pessoas? Que exemplo e que valores passam aos seus filhos quando dizem alto e bom som que os seus treinadores são incompetentes ou que os seus colegas não jogam bem, etc.! Quem sao eles para desdenhar e desfazer no tempo que estas pessoas oferecem e dedicam aos seus filhos?
Como podem os pais “avaliar” o trabalho dos treinadores pelo tempo que os seus próprios filhos jogam, que critério é esse? Claro que é normal sentir alguma frustração quando os proprios filhos não jogam, ou jogam pouco, mas com que direito descarregam essa frustração em tudo e em todos, minando o ambiente de bancada e, consequentemente, o ambiente da própria equipa? Que valores estarao a passar para aos vossos filhos quando, no fim de um jogo que correu menos bem dão a entender que “os outros, os que jogam mais tempo, perderam o jogo!” Mas quais outros? Numa equipa não há “outros”, não há responsabilidades individuais nem pelas derrotas, nem pelas vitórias, uma equipa é um Todo e só funciona se todas as partes desse Todo estiveram em sintonia, puxando para o mesmo lado, lutando pelo mesmo objectivo! E voces, pais, deveríam também fazer parte desse Todo, deveríam estar também em sintonia e fazer o vosso papel na bancada que é APENAS apoiar e defender a equipa.
Aos pais que pensam estar a “defender os seus filhos” com estas atitudes, pergunto: Como farão quando eles crescerem e tiverem desilusões e frustrações nas várias áreas da sua vida: amorosas, académicas, profissionais…? Como estarão eles preparados para lidar com as “adversidades” que surgem ao longo da vida? Se há coisa que o futebol ensina é a saber ganhar e perder, é a não baixar os braços e muito menos a cabeça, é trabalhar sempre mais e melhor, por nós próprios mas, principalmente, pela equipa! O que ganharão os vossos filhos ao “agarrarem-se” a desculpas, criadas nas suas cabecinhas com apoio dos pais, de que são umas vítimas pois os treinadores ou são incompetentes ou embirram com eles ou não gostam deles acabando isso por influenciar a sua atitude em treino e em jogo, mostrando desinteresse, desmotivação e até parecendo que estão a fazer “um frete” ou ainda numa atitude de “gozo” ou provocação…! Jogam pouco? Só têm um remédio: trabalhem mais, entreguem-se mais, dêem tudo o que têm, provem que merecem jogar mais!
Os vossos filhos estão num desporto colectivo, pelo que, apoiá-los é também apoiar a sua Equipa! Se não o conseguem fazer, porque o/a vosso/a filho(a) não está a jogar, talvez seja melhor remeterem-se ao silêncio, ou até, porque não deixar de assistir aos jogos? Ou entao, numa ultima escapatoria, porque nao coloca-lo num desporto individual onde ele passa a ser o centro das atençoes!?
Se assim for vao ver que já não será preciso enviar recados pelos próprios filhos e terão a certeza absoluta que o pagamento mensal vai resultar numa TITULARIDADE INEQUIVOCA em qualquer pista de atletismo ou court tenis de Portugal.
Faço questao de assinar para que nao haja duvidas do autor do post.
Rui Cunha, treinador de futebol da academia Sporting Alfena Benjamins A, Pre-escolas. Treinador sub-17 Alfenense.
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