domingo, 15 de dezembro de 2013

Almada - 0 Sesimbra - 1 15dez2013

Mais uma derrota.
Talvez tenhamos feito a nossa melhor primeira parte da época.
Infelizmente, criámos inúmeras situações de golo, mas não marcámos.
Faltou-nos aquela estrelinha que só têm as equipas motivadas, as equipas que acreditam e entram em campo a dar tudo.

Depois, na segunda parte foi o desastre.
Uma equipa que na primeira parte não teve uma única ocasião, começa a crescer, crescer, e perante uma defesa desastrosa, faz o golo.

É assim o futebol.
Não nos podemos queixar de ninguém, senão de nós mesmos.
O Sesimbra tendo sido a equipa que menos futebol criou, foi a equipa mais inteligente.
E ganhou com mérito.
Soube aproveitar os nossos momentos fracos enquanto nós desperdiçamos tudo...
Como costumo dizer, o futebol nao é só técnica e táticas. A motivação em campo é fundamental, e o nosso grupo está em profunda crise.
Qualquer equipa que entre em campo motivada consegue ganhar-nos... É pena.
Temos jogadores talentosos, mas nao temos grupo.
Tenho muita pena...

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RESUMO DO JOGO:

Mais um jogo sem grande história.
Começamos bem. Mostramos que queremos mandar no jogo.
Jogamos a trocar a bola, à esquerda, à direita, bolas na área.
Foi bom.
Muitos cantos para nós, muitos livres (estes rapazes do Sesimbra têm aquela escola do «ou passa a bola ou passa o jogador»... aquele futebol feio que, infelizmente, ainda se ensina por aí... e, como se vê, permite ganhar jogos...)
Muitas bolas na área... mas se ninguém chuta, se não há concentração, se não há jogo inteligente, não adianta... Depois o guarda-redes do Sesimbra é dos bons. É daqueles que sabe exatamente o que tem de fazer, e não se vê ali falhas.

Ora, chegamos ao intervalo com aquela estranha sensação. Estamos a dominar, mas não marcamos. Se eles fazem uma jogada de contra-ataque e marcam... estamos feitos!

Pois, acontece que na segunda-parte jogamos pior.

Parece-me que o que marca este jogo é uma substituição, a meu ver, completamente suicida: Retirar o João Lopes, que a par do Mário eram quem segurava o meio-campo... só metendo no seu lugar alguém com grande atitude defensiva... Pois, não foi essa a opção.

Perdemos o meio-campo.
Começaram eles a subir, a subir... E depois, quando há um jogador na defesa que está completamente em dia não (foi muito óbvio na bancada... mas aparentemente do banco não foi perceptível, porque  o referido miúdo jogou todos os 80 minutos...) a falhar bolas umas atrás das outras...  está feita a receita para o desastre!
E esse desastre tinha que acontecer!

O Sesimbra começa a subir, a subir cada vez mais, a criar muito perigo e só não marcou mais cedo por milagre. Há um passe completamente desastrado de um central para o avançado deles... que fica de frente para o Raposo mas por sorte nossa atirou ao poste...

Mais tarde ou mais cedo acabaria por entrar.
E entrou!

Depois, esta equipa com a moral  em baixo como se tem visto nos últimos jogos, já não foi capaz de dar a volta.

O Sesimbra, com aquele jogo matreiro, cada vez a jogar mais duro... a começar a queimar tempo... e nós a vermos passar os comboios... Até ao apito final!

Mais uma derrota.

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A meu ver esta foi a «estocada» final!
Acabámos de anunciar para todos os nossos adversários no campeonato que deixámos de lutar por um lugar de honra.
A partir de agora estamos a competir para não sermos humilhados.
Um lugar no meio da tabela, talvez...
4 derrotas em 10 jogos, é uma equipa de meio da tabela.
É uma equipa para acabar o campeonato com umas 10 derrotas... não é uma equipa para lutar pelos 3 primeiros lugares!
Lamento. Sei que muitos que estarão a ler isto estarão a pensar: «epá, já desististe? Não achas que temos bons jogadores e que podemos começar a fazer um bom campeonato e ficar nos primeiros lugares?»
Pois, confesso que cá no meu íntimo ainda tinha essa esperança. Mas a esperança tem de ser alimentada... e só se alimenta a esperança com indicações claras para o futuro. Primeiro, reconhecer que há muita coisa que está a correr mal e que é preciso actuar. Não fazer nada e achar que a culpa de tudo é de terceiros... obviamente não nos dá esperança nenhuma!
Eu não a tenho...
Estou profundamente desiludido!
Era a única coisa que eu ainda achava que o Almada tinha, que era bons técnicos, boa formação.
Infelizmente, já nem nisso acredito...
Começo a ver demasiados erros e pouca vontade de os corrigir!

Este momento decisivo no campeonato em que somamos a nossa quarta derrota era previsível há mais de um mês...   Assobiámos para o lado!


Era este o meu receio quando há mais de um mês tenho vindo a alertar que o grupo está dividido, que o grupo não tem coesão, que é preciso ali trabalho psicológico forte. Eu acharia até que merecia ali trabalho da coordenação do Almada, talvez até fosse necessário um pedido de ajuda aos pais, tentar perceber o que está mal no grupo, e o que é que se tinha de fazer. Era óbvio que faltava ali acção!

Aparentemente para os dirigentes do Almada estava tudo bem... nada se fez, continuou tudo na mesma!
Com estas duas derrotas seguidas, o grupo de juvenis do Almada traçou o seu destino!
O nosso grupo deixou de ter qualquer tipo de ambição.
A coordenação do Almada (será que ainda existe? Eu não sei, mas julgo que já não existe nada... pelo menos não se nota nada...) não sentiu necessidade de intervir. E temos mais um escalão que perdeu a ambição.
Basta olhar para o lado, para clubes que fizeram apostas fortes na formação. O Piedade vai ter na época que vem todas as equipas de futebol 11 no Campeonato Nacional... Época a época vai fazendo investimentos fortes em grupos-chave!

No Almada não se vê nada... nadinha!

Eu achava que o nosso grupo podia ser um grupo-chave: Se os juvenis subissem ao Nacional, temos uma equipa de Iniciados que provavelmente vai levar o Almada ao Nacional de Iniciados. Vinha a seguir e continuava o trabalho que vinha de trás...
Na próxima época tínhamos duas equipas no Nacional... podia ser que o Almada atraísse novos talentos com esse sucesso desportivo  e para o ano que vem fizesse um grupo para fazer subir os juniores...

Mas não. Nadinha!
Investimento nenhum... vamos deixar este grupo com miúdos talentosos (temos pelo menos metade do grupo que podia estar a jogar em equipas do Nacional... optaram por ficar no Almada... para isto?) a perderem a auto-estima... a desvalorizarem-se enquanto jogadores... a perderem a vontade de praticar futebol!


É pena. Tenho muita pena  porque muitos miúdos do nosso grupo têm talento para jogar em qualquer equipa do distrito,... e agora se calhar vai ser difícil que fiquem no Almada.
Vamos ver o que acontece...

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É pena porque tínhamos grupo para lutar pelos primeiros lugares. Tínhamos uma base de 1997 muito boa e depois um grupo fabuloso de 98 cheio de talentos. Sabíamos que quando se juntam dois grupos diferentes se geram alguns «choques de personalidade»... geram-se desconfianças, há uma maior competitividade e nem todos reagem bem a essa pressão.

Já tinha acontecido isto com o nosso grupo quando eram iniciados B, curiosamente com a mesma equipa técnica... com resultados igualmente desastrosos! Não se aprende com os erros...

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QUAL É A SOLUÇÂO?
A meu ver, havia agora uma solução, semelhante há que se tomou há 3 anos, com grande sucesso para o nosso grupo de 1997.
Que é que se fez?
Bem, dividiu-se o grupo, os jogadores de 1997 voltaram todos ao seu grupo de 1997, nos Iniciados B (na altura treinados pelo mister Baltazar) e a partir daí fizeram um resto de época brilhante! Nunca mais perderam nenhum jogo naquela época, ganharam o Complementar só com vitórias, foi brilhante!... Aquele grupo ganhou tudo o que lhe apareceu pela frente e na época seguinte fez nova época brilhante a conquistar o campeonato a 4 jornadas do fim...

Neste momento, com o grupo totalmente desmotivado, com uma manifesta incapacidade dos líderes do grupo para mudar o estado das coisas, acho que os miúdos de 1998 têm todo o direito de poderem acabar a sua época em glória e começarem já a construir uma equipa para o ano que vem. Os juvenis B ainda podem fazer um campeonato fabuloso e lutar pelo primeiro lugar.
O grupo de 1998 é muito bom! Este grupo merecia uma segunda oportunidade.
Merece ter um horizonte de futuro, uma luz de esperança, algo que os motive!

Destruir os dois grupos parece-me pouco inteligente!

Quanto ao nosso grupo de 1997... bem, ficará necessariamente mais fraco. Bastante mais fraco. Teremos muita dificuldade em construir um plantel de 18 jogadores para os jogos,  julgo que só temos 12 ou 13 miúdos nascidos em 1997, mas lutaremos para não descer de divisão. Alguns miúdos que têm jogado pouco terão mais oportunidades, e quem sabe com essa motivação de fazer minutos não se motivam e passam a ser titulares indiscutíveis?
Talvez assim até o grupo comece a funcionar melhor. Quem sabe... Tenho dúvidas, mas quem sabe???
Provavelmente alguns miúdos desistirão do Almada, procurarão equipas mais competitivas, mas ao menos não se estraga tudo... Pode ser que voltem alguns miúdos mais fracos que não tiveram lugar noutros clubes. E faz-se uma época para remediar os erros cometidos.

Insistir no erro não me parece que leve a algum lado.

Continuar neste esquema de paz podre em que nada se faz para mudar as coisas, à espera que caia do céu um milagre que resolva os problemas, parece-me que não faz nenhum sentido...
Mas enfim.
É só a minha opinião!
Que não conta para nada!


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EQUIPA
Gonçalo Raposo
Márcio
Santana
Rafa
Miguel Lopes
João Lopes
Mário
Nuno Martins
Gonçalo Martins
Renato
Meriacre

SUPLENTESPedro Jorge
Iuri
Leo
Vlad
Abreu
Bruno Sousa
Edu

SUBSTITUIÇÕES:
Saiu Nuno Martins entrou Leo
Saiu João Lopes entrou Edu
Saiu Gonçalo Martins entrou Iuri
(a meu ver o Abreu deveria ter entrado... houve demasiadas falhas no eixo central... )

DISCIPLINA:Houve pelo menos 2 amarelos aos jogadores do Sesimbra, mas pela forma violenta como alguns jogadores entravam, o árbitro foi demasiado brando. Havia pelo menos um que devia ter sido expulso de campo... Ainda há pouco vi um jogador do Totenham expulso por meter os pitons no peito do adversário, hoje vi no Pragal jogadas ainda mais perigosas e o árbitro parecia não querer ver a gravidade das faltas!.

ARBITRAGEM:
Fraquinha no capítulo disciplinar. Daqueles árbitros que não sabem distinguir entre um contacto ocasional, acidental, e os jogadores maldosos que entram com intenção de aleijar. Estes do Sesimbra eram desses, e ficaram a rir-se porque o árbitro não viu nada!
Havia um médio do Sesimbra que entrava a todas as bolas com o cotovelo nas costas do adversário... tenho a impressão que lhe foram marcadas 2 ou 3 faltas, quando ele cometeu mais de 10... Assim compensa jogar violento!
Nos outros capítulos pareceu-me ter decidido quase sempre bem!

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SOLUÇÔES:
Entre os pais fala-se de várias medidas necessárias.
Uns dizem que a equipa precisava de «injeções de motivação», era preciso encontrar formas de unir o grupo.
Nós pais não somos profissionais do futebol,não sabemos que instrumentos existem para isso, mas há inúmeros exemplos de treinadores que mostram resultados pela sua capacidade motivacional. Há livros escritos sobre isso... não deve ser assim tão complicado!

Outros referem a fraca forma física, que os jogadores estão com dificuldades em aguentar todos os 80 minutos.

Há quem diga que o problema também é o facto de jogarmos na relva. mas não treinarmos na relva. Alguém lembrou até que houve essa promessa solene aos pais pelo coordenador Tiago Coelho no início da época. Um treino na relva de 15 em 15 dias... na verdade, é uma anedota!

Há ainda quem diga que era preciso castigar com grande veemência alguns miudos que desestabilizam o grupo.

Ouvi outra proposta, que o treinador devia obrigar todos os miudos a tomarem banho no clube após os treinos e que ele próprio, treinador, devia tomar banho com eles. Só estando lá com eles após os treinos perceberá os problemas de relacionamento que existem entre os jogadores. Diz-se mesmo que esta prática é considerada fundamental nos grandes clubes. Uma forma de controlar os elementos que causam perturbação no grupo e ao mesmo fomentar o espírito de união.


Há ainda quem diga que os miúdos deveriam fazer mais preparação física. Tinha sido prometido um dia por semana de ginásio... mais uma promessa que ficou pelas palavras...


Defende-se também treino específico de remates à baliza. Temos uma equipa que consegue subir no terreno e chegar à área, mas depois não remata... tivemos uma primeira parte com quase total controlo de bola e quantos remates fizemos à baliza? talvez 2 ou 3... e fraquinhos, muito fraquinhos!






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